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19/12/2011

Viver em Igreja

(ENSINAMENTO NO GRUPO DE ORAÇÃO, a 2011-12-19)

1. Introdução

Quando começamos a tentar explicitar o que é viver em Igreja, todos dizemos:
- É viver em comunhão com Jesus Cristo e com os irmãos.
E como viver em Igreja?
- É estar unidos a Cristo;
- É partilharmos a vida sacramental;
- É praticar a caridade e amar a Deus e ao próximo;
- Etc.
Queixamo-nos tantas vezes de que isto não funciona muito bem, de que não se vive a verdadeira comunhão eclesial. Então, temos que procurar as causas deste “falhanço”. Para isso, olhemos, em primeiro lugar para o Mestre.



2. A Humildade no Ensinamento de Jesus Cristo

“Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração”. (Mateus 11, 29).
“Quem quiser tornar-se grande entre vós será o que vos sirva (...), tal como o Filho do homem, que não veio para ser servido, mas para servir.” (Mateus 20, 26-28).

Ao percorrermos os Evangelhos apercebemo-nos, facilmente, como Jesus descreveu e revelou a humildade e, fundamentalmente, como viveu em humildade.
Vamos tentar perceber o Seu ensinamento e não o meu. Para tal, devemos ouvir como Ele fala disso e, até que ponto, Ele espera que os homens e, especialmente, os seus discípulos, sejam humildes. Vamos analisar, cuidadosamente, as passagens para compreendermos o por quê de frequentemente e seriamente Ele falar e ensinar sobre isso. Isso poderá ajudar-nos a perceber o que Ele requer de nós.
1.1. Olhemos para as bem-aventuranças (Mateus 5, 3-11) com as quais começa o Sermão da Montanha, quase no início do Evangelho de Mateus.
“Bem-aventurados os pobres (humildes) no espírito, porque deles é o Reino dos Céus. Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”.
As primeiras palavras de Sua proclamação do reino dos céus revelam a única porta aberta através da qual entramos.
Para os pobres, que não têm nada em si mesmos, vem o reino. Para os mansos, que não buscam nada para além de si mesmos, será a terra.
E, vejamos como terminam as bem-aventuranças: “Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus…” As bênçãos dos céus e da terra são para os humildes. Para a vida celestial e terrena, a humildade é o segredo da bênção.
1.2. Vamos a Mt 11, 29: ”Aprendei de Mim, porque sou manso e humilde de coração e encontrareis descanso para vossas almas, pois o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”. Jesus, aqui, oferece-se como Mestre. Ele indica-nos que espírito podemos encontrar nele como Mestre: Ele é humilde e manso. É o que podemos aprender e receber dele. Mansidão e humildade são as únicas coisas que Ele nos oferece; nelas encontraremos perfeito descanso para nossa alma. A humildade é o meio para a nossa salvação.
Ele até nos anima porque alivia o nosso pesado fardo. Naquela altura, os conterrâneos de Jesus andavam sobrecarregados com o “jugo da lei” – as normas e regras que, segundo as escrituras e tradição deveriam cumprir (613 preceitos bíblicos). No entanto, Jesus abrevia essa lei ao indicar que a Lei se resume a dois mandamentos: “Amarás ao Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu espírito. Esse é o maior e o primeiro mandamento. O segundo é semelhante a esse: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Desses dois mandamentos depende toda a Lei e os profetas.” (Mt 22, 37-40)
E, naquele momento, Ele acrescenta: aprendei comigo porque sou manso e humilde; andais cansados e preocupados com muitas coisas, mas eu vos aliviarei; “…o meu jugo é suave e o meu fardo é leve”.

1.3. Os discípulos disputaram quem seria o maior no reino, e concordaram em perguntar ao Mestre (Mt 18, 1). Ele colocou uma criança no meio deles e disse: ”Aquele, portanto, que se tornar pequenino (humilde) como esta criança, esse é o maior no Reino dos céus” (Mt 18, 4).
“Quem é o maior no reino dos céus?” A pergunta é, de facto, de grandes implicações. Qual será a principal distinção no reino dos céus? A resposta, ninguém, a não ser Jesus, poderia ter dado: a humildade transforma-se na principal glória nos céus. “Aquele que no vosso meio for o menor, esse será grande.” (Lc 9, 48).
1.4. Encontramos um outro episódio que nos fala sobre os lugares de distinção no Reino. A mãe dos filhos de Zebedeu pediu a Jesus que os seus dois filhos se sentassem um à direita e outro à esquerda, no lugar mais elevado do reino. Mas, Ele disse: “…aquele que quiser tornar-se grande entre vós seja aquele que serve... Desse modo, o Filho do Homem não veio para ser servido, mas para servir…” (Mt 20, 20-28).
1.5. Falando, às multidões e aos seus discípulos, sobre os fariseus e sobre as suas “obras de fachada” e os lugares de honra seus preferidos, Cristo disse uma vez mais: “O maior dentre vós será aquele que vos serve” (Mt 23, 11). Continua a aconselhar dizendo aos discípulos que não permitam que lhes atribuam títulos de senhores, mestres ou guias, pois, são todos irmãos, há um único mestre que é Cristo e o maior será o que serve o outro. E, logo, conclui: “Aquele que se exaltar será humilhado e aquele que se humilhar será exaltado.” (Mt 23, 12).
1.6. Noutra ocasião, na casa de um fariseu, Ele contou a parábola de um convidado para uma festa de casamento que foi chamado para ocupar um lugar mais à frente, uma vez que ele se tinha sentado no último lugar. (Lc 14, 7-11) E, de novo, acrescentou: “Todo aquele que se exalta será humilhado e quem se humilha será exaltado”.
1.7. Ao longo da pregação e vida de Jesus nota-se a sua insistência na exigência de humildade e nas consequências da actuação dos que procuram destacar-se e ocupar os primeiros lugares. O padrão de vida anunciado do Reino de Deus tem por base a humildade e o serviço. Jesus remata o ensinamento sobre humildade, depois de ter lavado os pés dos discípulos, dizendo: “Se, portanto, eu, o Mestre e o Senhor, vos lavei os pés, também deveis lavar-vos os pés uns aos outros. Deixo-vos o exemplo, para que, como eu vos fiz, também vós o façais” (Jo 13, 14-15). Jesus o maior e único Mestre deixa o exemplo.
1.8. Na última ceia, os discípulos ainda não tinham alcançado a mensagem dos ensinamentos de Jesus e continuavam na disputa de quem seria o maior. Jesus, então, disse: “… o maior dentre vós torne-se como o mais jovem, e o que governa como aquele que serve. ... Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve” (Lc 22, 26-27). Jesus, embora, Mestre e Senhor, esclarece o seu modo de actuar no meio dos homens. O Mestre e Senhor continua no meio de nós, não como o governante mas como colaborador/servo do Reino.
E nós?

3. Viver em Igreja

3.1. Jesus chama-nos a ser servos uns dos outros e esse serviço será o mais abençoado de todos. Logo, qualquer serviço por mais baixo que pareça nunca será insignificante porque podemos compartilhar e provar comunhão com Aquele que disse: “Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve”.
3.2. A humildade leva-nos a reconhecer os nossos próprios defeitos, as nossas limitações e a nossa dependência de Deus. Sem ela somos até capazes de nos enganar a nós próprios de modo a não vermos as nossas falhas.
3.3. Muitos ainda entendem que devem apresentar-se como maiores e melhores que os outros, e para o conseguir usam de meios ilícitos, tais como: a mentira, a calúnia, a difamação, etc. O padrão de conduta da nossa sociedade ainda dá ênfase aos lugares de destaque, pois esse estado relaciona-se com um aparente êxito de triunfadores.
3.4. Sempre que estivermos tentados a pensar que somos grandes e importantes, devemos parar para contemplar a grandeza e a majestade de Deus. Olhando para Jesus de modo a nos compararmos com o Criador, facilmente reconhecemos a nossa pequenez e a nossa debilidade.
3.5. Não devemos pensar que somos importantes nem melhores do que outros, mas cada um deve usar os seus dons e a sua capacidade na medida justa e conveniente, como refere S. Paulo na carta aos Romanos: ”… eu peço a todos e a cada um de vós que não tenha de si mesmo um conceito mais elevado do que convém, mas uma justa estima, ditada pela sabedoria, … ” (Rm 12, 3-8). Devemos agir positivamente, procurando o melhor nos outros “cada um considerando os outros como mais digno de estima” (Rm 12, 10) e servindo os outros como Jesus o fez.
3.6. Escolhamos o último lugar sem procurar a exaltação. Pode acontecer que Deus, ao ver-nos, sabendo das obras de caridade e de serviço de cada um nos puxe para um melhor lugar exaltando os que partilham a obra do Mestre.
3.7. Ser servo, manso e humilde não é rebaixamento nem humilhação; não é buscar o desprezo dos outros. É ser semelhante a Jesus no modo de viver. É colocar as nossas capacidades serviço dos outros. Assim se percorre o caminho para a felicidade e para a glória da presença de Cristo em nós a fim de que todos sejam glorificados eternamente com Cristo.
3.8. O orgulhoso pensa que sabe mais do que os outros e já conhece as respostas; não quer depender de quem quer que seja, nem mesmo do próprio Deus. A arrogância também impede o entendimento da verdade. Se não queremos admitir a necessidade de mudança, ou não queremos aceitar o facto de que outro pode saber mais do que nós, o nosso orgulho é um bloqueio à aprendizagem, ao conhecimento e à correcção de erros. O arrogante também tem dificuldade em perdoar o erro dos outros.
3.9. A humildade permite a busca da verdade. Santa Tereza de Ávila definiu a humildade como a verdade e disse: “Uma vez estava eu considerando porque razão era nosso Senhor tão amigo desta virtude da humildade, e cheguei a isto: que é porque Deus é suma Verdade, e a humildade é andar na verdade”.
3.10. Ora, o mais humilde é o que estará mais perto de Deus. A primazia na Igreja é prometida aos mais humildes. Mas, ser humilde não significa ser-se “coitadinho”, humilhado e resignado. O viver do cristão, a vida da Igreja, a vida do Reino passa por assumir o padrão de vida de Jesus Cristo. Jesus foi pobre, humilde, manso e compassivo e foi o maior servo de Deus e dos homens: cumpriu a vontade do Pai servindo os homens ao ponto de ser humilhado com morte de cruz, mas não resignado porque se manteve firme, consciente de que cumpriu a missão de dar a conhecer o rosto de amor e de misericórdia de Deus e de que venceria a morte abrindo caminho para a ressurreição de todo o ser humano.
3.11. A verdadeira comunidade cristã constrói-se desde que a sua principal característica seja a humildade. Uma sã convivência humana só existe se não existir soberba e orgulho, onde prevalecem interesses pessoais ou de grupos, mas, sim se houver um relacionamento fraterno entre iguais, isto é se amarmos como Deus ama.
3.12. O caminho e o modo de agir para a salvação de todos os seres humanos são os de Jesus; é sempre com humildade e em serviço de outros.
É isso que anunciamos e praticamos?
Será que a Igreja, na qual estamos inseridos e somos co-responsáveis, possui este sentido de vida e sente a carência dessa atitude no meio da comunidade?
Quantos haverá que, pelo menos, pensem em fazer disso um objecto específico de contínuo desejo ou oração?
3.13. Cada um analisará e encontrará uma resposta, mas parece que o mundo pouca atitude de humildade e de serviço desinteressado ao outro tem encontrado. Até mesmo dentro da Igreja, mesmo que algo exista nesse domínio, nem sempre abunda e transborda.
3.14. Devíamos analisar, por exemplo, como tratamos pessoalmente e como a nossa comunidade lida com as pessoas que erram, que caem e que têm uma vida considerada irregular. Muitas vezes tais pessoas são condenadas e rejeitadas e não são acolhidas; não lhes damos nenhum apoio concreto para recuperarem as suas vidas. Na maioria dos casos acontece que só os tratamos com críticas, repreensões e humilhações.
3.15. Na sequência da parábola contada na casa do fariseu, onde tomou uma refeição, Jesus “disse àquele que o convidara: Ao dares um almoço ou jantar, não convides teus amigos, nem teus irmãos, nem teus parentes, nem os vizinhos ricos; para que não te convidem por sua vez e te retribuam do mesmo modo. Pelo contrário, quando deres uma festa, chama pobres, estropiados, coxos, cegos; feliz serás, então, porque eles não têm com que te retribuir. Serás, porém, recompensado na ressurreição dos justos.” (Lc 14, 12-14). Jesus ensina a importância de agir de modo gratuito e sem interesse pessoal ou segundas intenções. Muita gente só pensa em levar vantagem para si mesmo e esquece-se de que o amor só é verdadeiro quando é gratuito como o amor de Deus. Devemos fazer o bem a quem não tem condições de nos retribuir. Memo que nos pareça que alguns não merecem o nosso amor, devemos amá-los e fazer-lhe bem porque precisam disso para serem felizes. Isto é amar como Deus ama.

4. Humildade de Maria

4.1. O ser humano é um ser de hábitos. Normalmente os hábitos são contagiosos, servem de exemplo para outros. E, por vezes, necessitamos de exemplos para progredir porque aprendemos uns com os outros.
Quanto a humildade, já nos debruçámos sobre o exemplo de Jesus. Mas, temos uma pessoa inserida no grupo e na vida exclusivamente humana que é Maria de Nazaré. Vejamos o seu exemplo.
4.2. “Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra”. (Lc 1, 38).
Há uma proposta de Deus e o que faz Maria? Entrega-se nas mãos do Senhor e diz “faça-se”. Ela não diz ao Senhor que faça o que entender; diz “faça-se”, isto é aceita o que o Senhor quiser e compromete-se a fazer, ela própria, o que for necessário para cumprir a vontade do Senhor.
4.3. Admite que o Senhor tome a iniciativa e responderá “sim” a tudo o que Ele decidir. Ao mesmo tempo, reconhece que ele é o Senhor e ela a serva. Reconhece que é uma ”pobre de Deus”; tudo o que tem, todo o seu ser é de Deus; coloca-se inteiramente à disposição do Senhor. É a criatura mais pobre do mundo, mas é a mais livre do mundo: a vontade do Senhor é a sua vontade, é a servidora de todos como Jesus.
4.4. Maria, depois da anunciação não ficou extasiada a saborear o banquete. Foi para o mundo, dirigiu-se para casa de Isabel. Não ficou a contemplar o menino na manjedoura; lutou na vida para o proteger, criar e educar. Acompanhou o seu Filho nas horas boas e más, com a coragem de estar com ele junto à cruz. Teve as mesmas dificuldades e apuros em que nós, os mortais, nos vemos. Mesmo assim nunca desistiu, embora tivesse que silenciar e guardar muitas coisas no seu coração até que as compreendesse. Mas tinha a certeza de que tudo o que lhe acontecia estaria de acordo com a vontade do Senhor. Maria era a “serva do Senhor” a “pobre de Deus”.
4.5. Uma questão importante, é que Maria deu o seu “sim” e nunca voltou atrás ou retirou a sua palavra. Confiou e manteve-se fiel. Maria entregou-se, sem reservas, sem limitações nas mãos do Senhor, aceitando todos os riscos, submetendo-se a todas as contingências que o futuro pudesse trazer.
4.6. Maria, com a sua humildade, entra no Reino de Deus, faz parte do grupo dos pobres de Deus: “Bem-aventurados os pobres no espírito, porque deles é o Reino dos Céus”. Maria faz parte do grupo dos capazes de receber a bênção: “Alegrai-vos e regozijai-vos, porque será grande a vossa recompensa nos céus…”. Estes são os que aceitam as decisões do Senhor, abandonam-se em silêncio e depositam a sua confiança nas mãos carinhosas do todo-poderoso seu querido Senhor e Pai.
4.7. Maria nunca procurou os primeiros lugares. Mesmo conhecendo a nobreza da sua missão, esteve sempre presente mas procurou passar despercebida nos últimos lugares. Acompanhou e viveu em comunhão com o Mestre – aquele que serve -; foi pequenina como uma criança; por isso Deus a exaltou e é a maior no Reino dos céus: é mãe de Deus e mãe de todos nós -mãe da Igreja -.
4.8. Por ser a maior no Reino, continua a ser obreira neste mundo com a sua intercessão perante o Filho e mensageira, com alertas de mãe, como por exemplo na sua mensagem, em Medjugorje, a 20 de Setembro de 1985, em que diz:
“Queridos filhos! Hoje, convido-vos a viver, na humildade, todas as mensagens que vos dou. Queridos filhos, não vos orgulheis pelo facto de viverdes as mensagens. Não andeis a dizer: "Nós vivemo-las!” Se levais as mensagens nos vossos corações e as viveis, todos perceberão e não há necessidade de palavras que apenas servem para os que não escutam. Para vós não são necessárias palavras. Vós, queridos filhos, deveis apenas viver e testemunhar com a vida.”



5. Conclusão

Sabemos que desde os primeiros tempos do cristianismo, sempre surgiram dificuldades e crises dentro da Igreja. A vida do Reino implica vivência em comunhão: vida em um, a vida do Mestre. Não basta seguir exemplos, é necessário “viver com, viver em”. Temos que viver com todos os irmãos, em humildade e ao serviço uns dos outros, porque o Mestre está (“Eu, porém, estou no meio de vós como aquele que serve”) e o nosso destino é o objectivo do Mestre: “Como tu, Pai estás em mim e eu em ti, que eles estejam em nós … Eu lhes dei a glória que tu me deste para que sejam um, como nós somos um: Eu neles e tu em mim…” Jo 17, 21-22).
Viver em Igreja pressupõe a vivência fraternal em comunidade. O discípulo é convidado a não trilhar o caminho da soberba, do egoísmo, do estatuto previligiado, das segundas intenções e da competição. É chamado a “viver em”: em um, em Jesus Cristo.
A Igreja é constituída por seres humanos e por Jesus Cristo, Ressuscitado. Ela vive inserida e partilha da vida terrena. Por isso, não pode existir sem a junção das componentes humana e divina. E, não progride, ou seja, não atinge o seu objectivo – a glória de Deus – sem que viva de acordo com o padrão de vida do Reino: humildade e serviço fraterno com amor. Isso depende, também, de cada um de nós.
Qualquer trabalho ou actividade humana tem a sua complexidade; uns são mais fáceis, outros mais difíceis. Viver em Igreja não é fácil. Qualquer empreendimento resulta melhor se todos os que intervêm nesse projecto se envolverem e trabalharem eficazmente para atingirem o mesmo objectivo. Na Igreja passa-se o mesmo. O sentido e objectivo da Igreja é só um: a Salvação. Se todos os intervenientes nesse projecto, que é o projecto onde Deus se envolveu, trabalharem na edificação do Reino de Deus, mais facilmente se alcançará o objectivo: a salvação da humanidade. Portanto, viver em Igreja necessita do contributo de todos, com muita humildade, para que todos sejam um em Cristo, na glória de Deus Pai.
Viver em Igreja só pode acontecer com o exemplo da sua Mãe e do Mestre.


O Espírito Santo, que permanece no seio da Igreja, também exerce a sua actividade e, melhor do que ninguém. Por isso, com a sua ajuda dediquemo-nos e vivamos em Igreja, a fim de que todos alcancem e partilhem o que ambicionam: a paz, a felicidade e a vida eternas.

Azambuja, 19-12-2011

Acácio Vasconcelos

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