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03/05/2012

CONHECER MARIA


1.      Introdução

O mês de Maio, convida-nos a peregrinar com Maria. O peregrinar reveste-se de diversas formas no mundo de hoje. Por exemplo, para alguns, peregrinar é uma ida atrás do maravilhoso, do espectacular, na ânsia de encontrar milagres; para outros é o cumprir de uma tradição de piedade e de devoção. Porém, para um outro grupo de pessoas, peregrinar é “caminhar com…”, é “ir ao encontro de…”.   
Então, caminha-se com quem, e vai-se ao encontro de quê?
Certamente, a resposta de muitos será:  “Maria!”
Neste mês, todos nós falamos muito de Maria; e, porquê?
Provavelmente, não porque a conheçamos em profundidade, mas, certamente, porque desejamos conhecê-la.
Mas, por que haverá tanto interesse e desejo de conhecer Maria?
A resposta poderá ser: “Porque ela é a mãe de Deus.”
O interesse em conhecer Maria tem, pois, subjacente a busca e o encontro com Deus.
Põe-se, então, a questão: “Podemos encontrar e conhecer Deus e Maria, quando sabemos que o ser humano só pode encontrar o que tem possibilidade de conhecer; não encontra o que lhe é inacessível?
Sim, porque Deus se deu a conhecer através de Jesus e, Maria, porque é uma mulher do nosso mundo; e, tanto Jesus como Maria fazem parte da nossa história.
Durante este mês, falamos muito em Maria. Mas quando falamos de alguém temos que conhecer, minimamente, essa pessoa, para podermos dizer algo com convicção ou verdade sobre ela.
Relativamente a Deus, possuímos as Escrituras e a história de todo o povo de Deus que nos fornecem elementos que permitem conduzir-nos ao seu encontro e conhecimento. São elementos fundamentais que com a fé nos permitem alcançar o divino. Mas, de Maria pouco nos relatam as Escrituras. Será que, mesmo assim, conseguimos conhecê-la verdadeiramente?
Nesta ânsia de conhecer Maria, ou, as mensagens que ela transmite em aparições, é imprescindível conhecer Jesus, em primeiro lugar, e o seu projeto. Ou melhor, é necessário conhecer Deus e o seu plano para a humanidade.
Para o crente, dizer que conhece o plano de Deus é, relativamente, fácil; basta perceber que Deus tem um plano de Salvação para a humanidade. Afirmar que conhece Deus, já é um pouco mais difícil. Muitos reconhecem a existência de Deus, mas não o conhecem, porque nunca se encontraram com ele. Alguns chegam a cruzar-se com Jesus, mas não vêm Deus nele; não se encontram com ele.
Muitos olham para Jesus como um homem ilustre que até faz milagres. Assim como, olham para Maria como a mulher milagreira que, ao jeito do modo de vida da nossa sociedade, até pode ser comprada para nos fazer uns favores. Mas, será que a esses interessa encontrar-se e conhecer Maria e o seu Filho, Jesus, isto é, preocupam-se em encontrar e conhecer Deus?
Hoje e sempre o homem desejou ver Deus. No entanto, o homem só pode ver Deus se perceber o Seu modo de agir e o Seu plano para a humanidade, em Jesus. Para isso tem de conhecer Jesus. E, como consegui-lo?
Para se conhecer uma determinada pessoa não basta olhar para a sua fisionomia. Para se conhecer Jesus é necessário perceber o seu modo de pensar e de agir, o seu projeto e, saber quem é esse homem, filho de Maria e Deus feito homem.
Quem quer conhecer Jesus tem de se aproximar dele pela fé, tem que viver com Ele numa relação de diálogo e de amizade; não basta ir aos livros históricos e procurar conhecê-lo pelo que está escrito.
É natural, no entanto, que o crente procure saber o mais possível da história de Jesus e da sua vida com as duas características inseparáveis de humano e de divino. Em simultâneo, tenta conhecê-lo pelas suas obras, pela sua vida e pela sua mensagem, até que se envolve no plano de Deus para O descobrir e procura viver, com Ele, a vida que Deus dá aos filhos que a buscam. Quem vier a conhecê-lo, verdadeiramente, acaba por aderir ao seu projeto e descobre o Pai, como o próprio Jesus, Filho de Deus afirma: “Quem me vê, vê o Pai”[1]; vê Deus, embora, de acordo com as limitações e capacidades humanas. Mas se, ao ver Jesus, Filho de Deus, o ser humano alcança o que lhe é possível em relação ao divino e passa a conhecer o Pai, como Ele refere “…tudo o que ouvi de meu Pai vos dei a conhecer”[2], não fará parte da curiosidade humana querer, também, conhecer Maria, mãe de Jesus, criatura humana?

2.       Jesus, a Mãe e o Pai

Se outros motivos não existissem, só por Maria ser a Mãe de Jesus, justificar-se-ia o interesse de a conhecer. No entanto, o facto de sermos filhos de Deus e filhos da Mãe de Jesus aumenta o desejo humano, intrínseco, de ir até ela e estabelecer contacto íntimo. Por isso, vamos a Maria, com o objetivo de a conhecer profundamente, a partir das Escrituras, embora pouco nos relatem sobre ela e, como nos filhos se refletem os pais, através do seu Filho, Jesus.
Existe, no ser humano, uma afetividade de pais, de mães, de filhos e filhas que se adquire pela experiência, primeiro, como filhos ou filhas de um pai e de uma mãe e, depois, como pais ou mães. Portanto, a experiência paternal de Deus e maternal de Maria processa-se por analogia com a experiência afetiva humana entre pais e filhos.
A experiência afetiva é um dos aspetos mais importantes para o conhecimento da pessoa de Jesus. Por isso, o ser humano necessita de entrar na sua relação maternal, o que implica o conhecimento da sua Mãe. Se o fundamental é conhecer Jesus para se ver o Pai, a inclusão da sua Mãe e da sua relação paternal e maternal no processo cognitivo facilita a obtenção do resultado.
Independentemente da existência de afetividade, também, para se conhecer, verdadeiramente, alguém não basta ler ou ouvir o que essa pessoa diz, torna-se necessário conviver com ela e conhecer o seu modo de vida.
Então, se pretendemos conhecer Maria, temos de procurar discernir o caminho e os meios para a vivência com ela.
É habitual, entre nós, deduzir-se como os pais educaram um filho e, o ambiente familiar onde cresceu através das atitudes e obras desse filho. Os filhos são os espelhos dos pais, fruto da vivência comum em família, da educação recebida e do amor vivido entre todos. A educação materna marca, sem dúvida, os filhos no modo de ser e de pensar.
A génese humana de Jesus é a mesma de Maria e o seu sangue é o mesmo de Maria, sua mãe. Logo, não temos dúvidas em afirmar que existem semelhanças nos modos de pensar e de agir entre Jesus e Maria, sua mãe. Por isso, muitas das virtudes e qualidades humanas de Jesus são semelhantes às de sua mãe. E, como pelo fruto se conhece a árvore,[3] ao olharmos para Jesus, não existirão palavras que possam descrever os atributos de tão virtuosa criatura, que vão desde a humildade, passando pela obediência a Deus, até ao serviço de entrega total a Deus e ao próximo.
Olhando para Jesus, para o seu modo de estar, de viver e de ensinar verifica-se que o seu agir e modo de expor a Palavra tem a ver com fontes divinas, sim, mas também humanas. Como filho de Maria tem, decerto, “traços” de sua mãe e podemos, a partir dele “esboçar a fisionomia” da sua mãe.
Incidir o olhar sobre Jesus, obriga-nos a fixar o seu rosto. A visão do rosto de Cristo pode inspirar-se naquilo que se diz d'Ele na Sagrada Escritura. Sabemos que os Evangelhos não pretendem ser uma biografia completa de Jesus. No entanto, neles aparece, com fundamento histórico seguro, o rosto do Nazareno. Os Evangelhos apresentam-no-Lo filho de Maria e ”filho do carpinteiro”, caminhando por cidades e aldeias, acompanhado por doze Apóstolos que Ele escolhera,[4] por um grupo de mulheres que O servem com os seus bens,[5] por multidões que O procuram e seguem, por doentes que esperam o seu poder de cura e por interlocutores que ouvem, com variado proveito, as suas palavras.
Mas, é nas palavras e nas obras de Jesus Cristo que O podemos reconhecer e, nele, conhecer o Pai: “Quem me vê, vê o Pai”[6]. Jesus Cristo é o rosto de Deus de misericórdia e de amor. No entanto, Jesus Cristo só tem um rosto: é, o rosto divino do Pai e humano da Mãe. Mães e pais imprimem os seus traços no rosto dos seus filhos. É hábito dizer-se na nossa tradição: ”Tal pai, tal filho!” Relativamente a Jesus podemos exclamar, não só ”Tal Pai, tal Filho!”[7] como também: “Tal Mãe, tal Filho!” Por isso, é no resultado do trabalho conjunto com Maria e com Jesus que descobrimos os verdadeiros rostos da Mãe, do Filho e do Pai.
Olhando para Jesus, vemos Deus e formulamos os atributos humanos da família de Nazaré, nomeadamente de Maria e de José. Ainda, de Jesus, relativamente a Maria, alcançamos algo mais: tendo experimentado a disponibilidade, o carinho e o amor da sua Mãe, quis que todos os seus irmãos pudessem beneficiar desse amor, sentindo e tratando-a como mãe. Então, receber Maria como Mãe, é possuir uma presença, benevolente, cordial, protetora, conselheira e exemplar.
Maria, apesar de ser alvo de tão transcendente e sublime dom de ser mãe de Deus, não se limitou a assistir ao desenrolar do projeto de Deus; exerceu, como compete a uma mãe, o poder e o dever de criar e de educar o seu filho.
Como mãe, é, então, aquela que teve a nobre missão e conseguiu educar humanamente o Filho de Deus; Filho esse que necessitava do amor e do carinho de mãe, como qualquer ser humano.
Maria, temente a Deus e cumpridora dos preceitos religiosos conduzia o seu filho pelos caminhos da fé: “Seus pais iam todos os anos a Jerusalém para a festa da Páscoa. Quando o menino completou doze anos, segundo o costume, subiram para a festa.”[8]
Maria é a que protege o seu menino do frio, do calor e de todos os ambientes adversos da natureza, dos ciúmes e do ódio dos tiranos deste mundo; manteve-se discreta, exilou-se no Egipto e refugiou-se na pacata cidade de Nazaré, mesmo sabendo que o seu filho era o Filho do Altíssimo a quem Deus daria o trono de David, como lhe tinha sido anunciado: “Eis que conceberás no teu seio e darás à luz um filho, e o chamarás com o nome de Jesus. Ele será grande e será chamado Filho do Altíssimo…”[9];
É aquela mãe que se preocupa em saber onde está o seu Filho, mesmo que esteja bem: “Meu filho, por que agiste assim connosco? Olha que teu pai e eu, aflitos, te procurávamos.”[10]
Maria acompanha o Filho; ela é uma presença forte e estimulante, apesar de silenciosa, desde Belém até o Calvário. Na sua função de mãe, é mais do que solidária com o seu Filho: ama-O. Mas, além do amor dá muito mais: assume a Sua vida, entrega-se e partilha.
Depois de olharmos para a família de Nazaré, verificamos que Jesus e Maria, apesar de se encontrarem em planos diferentes – Jesus é o Filho é Deus e Maria é, somente, humana – não estão um acima do outro, visto que comungam da vida íntima de Deus – o amor – em diálogo, em felicidade e em doação mútua.
Em Jesus e em Maria temos a possibilidade de nos encontrarmos com Deus e de partilharmos e participarmos no seu amor numa experiência maternal e paternal.
Havendo esta disponibilidade de comunhão com Deus, o homem passa, não só, a poder entrar no mistério de Deus, mas também, a encontrar o seu próprio mistério, como refere Juan Ambrósio: «Jesus Cristo é para o homem possibilidade permanente do encontro com Deus, ao convidá-lo a partilhar a sua condição de Filho e a sua liberdade, fazendo-o participar do amor do Pai. Por isso mesmo, Ele é, também, condição de possibilidade para o homem se encontrar com o seu próprio mistério. Só quem conhece a intimidade do Pai e a intimidade do homem sabe, com verdade, como revelar um ao outro; só quem vive em plena comunhão com o Pai e em plena comunhão com a humanidade pode realizar o verdadeiro encontro entre Deus e o homem. Com Jesus Cristo o homem pode aprender a pensar, a sentir e a conhecer Deus Pai da mesma maneira que o Filho o faz»[11].
No encontro de si próprio, em comunhão com a humanidade e com Deus, mais facilmente o homem compreende e conhece Maria e todos os seus irmãos, envolvidos no mesmo espírito de comunhão. Neste mundo, esta comunhão processa-se em Jesus. Se com Cristo se aprende a viver com o Pai, também se aprende a conhecer e a viver com a Mãe e a tomar consciência do modo de viver com todos os humanos, filhos de Deus.

3.      Maria e o Espírito Santo

Maria faz parte do projeto de Salvação da humanidade como elemento imprescindível na obra; por isso, ela é divinizada e inserida em Deus pela graça. Foi graças ao seu “Sim” e com o Espírito Santo que a obra de Deus se realizou com a Sua Revelação. Apesar de pertencer à nossa própria humanidade como criatura deste mundo, é aquela que manteve e mantém relações privilegiadas com o Pai e Filho e o Espírito. Realiza-se, plenamente, como pessoa, dentro do espaço trinitário: Maria é a primeira pessoa da história humana a participar da glória de Deus. Então, com ela e com o Espírito Santo podemos fazer parte do coro que glorifica o seu Filho e dá glória a Deus. Ela pode apresentar-se como cume da história e centro da Igreja.
Maria, cheia do Espírito Santo, mergulhada no amor de Deus é a nossa “paráclita”, é “consoladora” dos aflitos e “advogada” dos pecadores, seus filhos. Maria foi e é, não só, uma das intermediárias do Espírito Santo, mas mais ainda, um corpo, um santuário, onde o Espírito Santo faz prodígios
Então, Maria, divinizada, embora não sendo deusa, atua como instrumento de Deus: não pede, não quer, nem faz nada que seja contrário à vontade de Deus. Como pessoa divinizada que é, tem certamente a forma de atuar do Mestre, não só como mensageira e medianeira, mas também como agente na construção do Reino.
Maria, no Reino de Deus, possui uma singularidade especial. É que, o Reino de Deus não veio nem se iniciou sem Maria. Logo, não se pode dizer que ele é construído sem a pedra que é Maria. Essa pedra não pode ser retirada porque é “pedra angular”, pedra fundamental para construção, estabilidade e consolidação do Reino.
Pode ser difícil definir e caracterizar a pessoa de Maria com todos os atributos que lhe são devidos, mas, só esta sua intervenção na história da Salvação de ser a primeira a abrir o caminho, de o percorrer e de atingir a meta, leva os seus filhos, mesmo com pouca fé, a agarrarem-se ao seu manto nas horas difíceis, confiantes de que ela é além de mensageira, intercessora e medianeira perante o seu Filho.

4.      O papel de Maria

Qual será o papel de Maria, instrumento de Deus misericordioso, perante a humanidade, seus filhos angustiantes?
Todos nós temos mãe humana; a verdadeira mãe não se demite das suas responsabilidades e da função de mãe para com os seus filhos. Maria, mãe de toda a humanidade, não interrompe a sua ação no projeto e na obra a que foi chamada, tanto mais que passou a ser imprescindível na obra de Deus. O amor de Deus e a sua manifestação são constantes; não há interregnos nem períodos fortes ou fracos.
 Maria, a mãe que se preocupa, continuamente, com os seus filhos – Jesus e todos os outros – participa e comunga das suas alegrias, tristezas, sofrimentos e preocupações. É a mulher que, depois de “olhar para o céu” e de se aperceber dos planos de Deus, é capaz de olhar para o mundo, de partir ao encontro das necessidades dos seus filhos e de ser mais do que solidária com quem sofre ou passa necessidade, pois, partilha com eles e com o seu Filho, Jesus, as alegrias, as tristezas e as dores mútuas.
No mundo, Maria relembra e clarifica que as dores, as necessidades, os problemas dos nossos irmãos são algo que tem a ver com o seu Filho, com ela e connosco, que nos toca de perto e que nos diz, diretamente, respeito.
Então, o homem, quando reconhece essa realidade, experimenta a vivência com Maria e com Jesus, envolve-se no seu ser e procura ir ao encontro da mensagem única e total de Jesus Cristo, diretamente ou com a ajuda e por intermédio de sua Mãe, para bem de toda a humanidade.
É aí que se conhece, verdadeiramente, Maria, pois, só se conhece bem alguém quando se vive com essa pessoa, quando se partilha a dor e a felicidade, quando se experimenta a comunhão de sentimentos e de vida, ou seja, quando há partilha e amor.
O papel de Maria é, pois, propor à humanidade uma vida em que Deus seja o ponto de referência, à volta do qual tudo se construa. Isso implica uma experiência de encontro, de relação, de diálogo, de proximidade e de comunhão com Deus.

5.      Peregrinar com Maria

Tudo isto é interessante: percebermos o que Maria tem para nos dizer, sabermos que ela nos ama, nos protege e nos apoia, ouvirmos o que Deus quer através de Maria. Mas, da nossa parte, é necessário fazer qualquer coisa, é necessário ir ao encontro de Maria; não basta “esperar sentado”. O caminho para o encontro pode percorrer-se com palavras, preces e elogios de atributos, proferidos a Maria, que podem ser extraordinários e belos, mas, se, quem os pronuncia não os sentir na sua experiência com ela, serão, apenas, badaladas de um sino oco que toca para outros, até cair na monotonia de tocar sem ser ouvido. Com Maria, não basta proporcionar um encontro esporádico, a quem se dá um ramo de flores, ou se acende uma vela, regressar e esperar um novo encontro futuro; é necessário encontrá-la e passar a viver com ela e com o seu Filho Jesus.
A palavra “devoção” é expressiva, quanto a respeito, homenagem e dedicação, mas pode ser curta quanto à experiência de vida a exemplo e com a pessoa digna de tal. Para que nos servirá admirar e elogiar alguém se não o temos como exemplo de vida? Se amamos e necessitamos, permanentemente, de uma pessoa e, até, queremos que ela nos ajude na hora da morte, porque não viver com ela?
A atitude com Maria é exactamente esta. Apesar de tudo, a Maria agrada a verdadeira devoção quando se concretiza o seu desejo, que é o encontro de toda a criatura com o seu próprio Filho, Jesus Cristo. Este encontro poderá ocorrer sempre e em quaisquer circunstâncias, embora, por caminhos difíceis, mas há sempre um processo acessível: acolher Maria em sua casa, percorrer com ela esse caminho e ela o conduzirá ao seu Filho.
Quando acolhemos Maria, passamos a conhecer a Mãe e o Filho que vivem em comunhão; somos, reciprocamente, acolhidos e passamos a viver em comunhão com Deus.
Acolher Maria deixa de ser um acto de simples “admiração e piedade” e passa a ser um caminhar com o humano e com o divino, com ela e com Cristo, em corpo e em espírito, em pessoa e em comunidade; é participar e contribuir para a construção do Reino de Deus que também é nosso, porque Ele no-lo oferece; é glorificar a Deus.
Vamos conhecer Maria! Entremos em sua casa, no santuário da divindade onde está a luz que indica o caminho e a fonte da vida com água que mata a sede para sempre, convidemo-la a entrar na nossa casa e passemos a viver com ela.

Azambuja, 02 de Maio de 2011
Acácio Vasconcelos




[1] Jo 14, 9 - Bíblia de Jerusalém
[2] Jo 15, 15 - Bíblia de Jerusalém
[3] “Do mesmo modo, toda a árvore boa dá bons frutos, mas a árvore má dá frutos ruins. Uma árvore boa não pode dar frutos ruins, nem uma árvore má dar bons frutos… É pelos frutos, portanto, que os reconheceis.” Mt 7, 17-20 - Bíblia de Jerusalém
[4] “Depois subiu à montanha e chamou a si os que ele queria, e eles foram até ele. E constituiu Doze, para que ficassem com ele para enviá-los a pregar, e terem autoridade para expulsar os demónios. Ele constituiu, pois, os Doze, e impôs a Simão o nome de Pedro; a Tiago, o filho de Zebedeu, e a João, o irmão de Tiago, impôs o nome de Boanerges, isto é filhos do trovão, depois André, Filipe, Bartolomeu, Mateus, Tomé, Tiago, o filho de Alfeu, Tadeu, Simão o zelota, e Judas Escariot, aquele que o entregou.” Mc 3, 13-19 - Bíblia de Jerusalém
[5] “Os Doze o acompanhavam, assim como algumas mulheres que haviam sido curadas de espíritos malignos e de doenças: Maria, chamada Madalena, da qual haviam saído sete demónios, Joana, mulher de Cuza, o procurador de Herodes, Susana e várias outras, que o serviam com seus bens.” Lc 8,2-3 - Bíblia de Jerusalém
[6] Jo 14, 9 - Bíblia de Jerusalém
[7] “Quem me vê, vê o Pai.” Jo 14, 9 - Bíblia de Jerusalém
[8] Lc 2, 41-42 - Bíblia de Jerusalém
[9] Lc 1, 30-32 - Bíblia de Jerusalém
[10] Lc 2, 48 - Bíblia de Jerusalém
[11] AMBROSIO, Juan Garcia, Encontro com Cristo, plenitude do ser humano, Paulinas, Lisboa, 2002, 19-20.

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